Artigo

Análise comparativa do afrouxamento de abutments conectados a implantes Cone-Morse, após ciclagem mecânica

O sucesso da restauração protética suportada por implantes osseointegrados está diretamente relacionado à precisão e adaptação dos componentes, a estabilidade da interface abutment-implante, assim como a resistência desta interface quando submetida a cargas durante a função mastigatória. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o torque de afrouxamento de abutments sólidos conectados a implantes de dois estágios com conexão Cone-Morse, em relação a condição inicial de torque de apertamento de 25 Ncm, após ensaio de ciclagem mecânica, bem como comparar a existência da diferença no torque de afrouxamento entre os sistemas Ankylos (Dentsply/Mannheim, Alemanha) e AR Morse (Conexão Sistema de Prótese Ltda/São Paulo, Brasil). Foram formados dois grupos (n=10), sendo estes: grupo A (Implantes Ankylos unidos à abutments Standard retos), grupo C (Implantes Conexão AR Morse unidos a abutments Speed sólidos retos). Para a realização da ciclagem mecânica, os abutments foram apertados com torque de 25 Ncm e reapertados após dez minutos. Todas as amostras foram submetidas à 345.600 ciclos em uma máquina de ensaio, cuja carga aplicada foi de 80 N e freqüência de 4 Hz. Imediatamente após o término dos ciclos, o torque necessário para o afrouxamento dos abutments foi aferido. Diante das condições experimentais deste estudo os resultados obtidos sugerem que: não houve diferença significativa entre os grupos A e C; e a média do torque de afrouxamentos de ambos os grupos foi maior do que o torque de apertamento preconizado pelos fabricantes (25 Ncm).

Autores: Ricardo Padilha Fortes, Wander Célio Kobayashi, Wilson Roberto Sendyk e Waldyr Romão Junior
Revista: ImplantNews 2008 | v5n6

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