Artigo

Avaliação clínica e histológica da associação de enxerto ósseo bovino e proteína óssea morfogenética em levantamento de seio maxilar

O presente estudo teve como objetivo avaliar clínica e histologicamente o comportamento da associação entre uma matriz óssea orgânica bovina (Gen-Ox®) e uma proteína óssea morfogenética (BMP) derivada de embrião bovino (Gen-Pro®), quando comparada com enxerto ósseo autógeno em cirurgias para levantamento bilateral de seio maxilar. Foram operados dez pacientes não-fumantes e sem alterações sistêmicas, que necessitavam de enxerto bilateral do seio maxilar para futura colocação de implantes osseointegráveis. Em todos os pacientes, foi selecionado um lado como teste e o contra-lateral como controle. Após um período de seis a 11 meses, foi realizada avaliação clínica da área enxertada e biópsia com broca trefina de 2 mm, em região adjacente ao eixo do implante a ser inserido. Os espécimes foram armazenados em formol a 10% e levados para processamento laboratorial para coloração das peças com hematoxilina-eosina e confecção das lâminas. A análise histológica foi realizada por meio de microscopia óptica. Clinicamente, pôde-se observar que a qualidade e a quantidade ósseas formadas no lado preenchido com enxerto autógeno apresentaram um aspecto mais favorável à instalação dos implantes, podendo-se observar uma formação óssea mais completa. Histologicamente, pôde-se observar um padrão de neoformação óssea diferente, com o osso autógeno apresentando um aspecto mais organizado. Com o presente estudo, pôde-se concluir que, clínica e histologicamente, o padrão de formação óssea das áreas enxertadas com a associação de osso heterógeno bovino e proteína óssea morfogenética bovina apresenta um trabeculado ósseo menos compacto e menos organizado do que o osso autógeno.

Autores: Fabrício Moreira Serra e Silva e Renato Mazzonetto
Revista: ImplantNews 2005 | v2n4

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