A hidroxiapatita (HA) tem sido amplamente utilizada como um importante substituto ósseo. Quando em dimensão nanométrica, assemelha-se em tamanho e morfologia à apatita biológica, podendo ser considerada um biomaterial promissor para aplicação clínica. O estrôncio contribui por atuar na redução da reabsorção óssea e indução na atividade osteoblástica, enquanto os carbonatos favorecem a bioabsorção. Objetivos: caracterizar físico-quimicamente e analisar histologicamente, e de forma comparativa, a hidroxiapatita carbonatada contendo 5% de estrôncio com a hidroxiapatita estequiométrica. Material e métodos: foram utilizados 12 coelhos brancos Nova Zelândia, divididos em: hidroxiapatita carbonatada nanoestruturada contendo 5% de estrôncio (nSrcHA-experimental) e hidroxiapatita carbonatada nanoestruturada (ncHA-controle). Após a confecção dos sítios cirúrgicos, foram implantadas nas cavidades dos seios maxilares microesferas de ncSrHA e ncHA, nos lados esquerdo e direito, respectivamente. Os animais foram eutanasiados para análise histológica após quatro e 12 semanas. Resultados: após quatro semanas, o grupo ncHA apresentou osso neoformado e pavimentação osteoblástica próximo da parede do defeito. No grupo nSrcHA, o biomaterial apresentou-se de forma difusa com uma maior deposição de matriz osteogênica em torno do biomaterial, tecido ósseo neoformado próximo das paredes e no interior dos defeitos. No período de 12 semanas o grupo ncHA exibiu biomaterial no interior do defeito e osso neoformado, enquanto no grupo nSrcHA observou-se uma intensa formação óssea no interior do defeito com presença de osteócitos. Conclusão: ambos os materiais foram biocompatíveis e osteocondutores.