Artigo

Benefícios educacionais das metanálises: “modelo fictício” de perda óssea peri-implantar e suas implicações clínicas

Objetivo: familiarizar o leitor com a metodologia estatística da metanálise e mostrar como ler e interpretar o forest plot nas decisões clínicas. Material e métodos: um conjunto fictício de dez estudos com acompanhamento de cinco anos, envolvendo perda óssea comparada para implantes rugosos e lisos, foi simulado. Os parâmetros para metanálise foram obtidos e explicados em detalhes em três situações: 1) usando estes dez estudos; 2) removendo o estudo com a maior amostra; e 3) reduzindo a amostra do maior estudo, comparando-se nos modelos fixo e random. Resultados: na situação 1, o efeito fixo favoreceu os implantes lisos, o efeito random favoreceu os implantes rugosos, mas o valor p não mostrou significado estatístico para cada efeito. Na situação 2, ambos os modelos passaram a favorecer os implantes rugosos, com valores p estatisticamente significativos. Na situação 3, o peso fixo da maior amostra caiu pela metade, e o gráfico forest plot favoreceu os implantes rugosos nos modelos fixo e random, porém, a diferença estatística só foi significativa no modelo fixo (p=0,000). Conclusão: 1) a criação de modelos fictícios e situações favorece o ensino da leitura da metanálise; 2) mesmo no exemplo fictício, a adoção do modelo random effects trouxe melhor ponderação entre os pesos dos estudos; 3) a decisão clínica de quem lê está influenciada também pela decisão de quais estudos são incluídos, suas amostras e como traduzir a diferença entre as perdas ósseas em benefício clínico.

Autores: Paulo Henrique Orlato Rossetti
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Revista: Revista ImplantNewsPerio 2017 | v2n4

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