Artigo

Cimentação provisória de coroas unitárias definitivas sobre implantes – efeito da nova geometria do pilar e possíveis implicações clínicas

Objetivo: verificar se uma incorporação geométrica no desenho do pilar protético afeta os valores de resistência retentiva de coroas cimentadas sobre implantes unitários. Material e métodos: implantes de 3,5 mm x 11,5 mm de comprimento foram fixados em blocos de poliuretano e receberam pilares protéticos com 3 mm (desenho original) e 6 mm (desenho experimental) de altura, aparafusados com 20 Ncm de torque. As coroas foram fundidas em liga de CoCr, cimentadas com dois agentes provisórios (hidróxido de cálcio – HC, óxido de zinco sem eugenol – TBNE) e um agente definitivo (fosfato de zinco – FZ). Após 24 horas em estufa a 37ºC, as coroas foram tracionadas com velocidade de 0,5 mm/min em uma máquina de ensaios universal até soltura completa. Resultados: grupos FZ mostraram redução dos valores após a incorporação geométrica (140 N para 105 N; p=0,013). Nos grupos TBNE, a incorporação geométrica duplicou o valor médio (12,85 N para 24,48 N; p=0,011), e no grupo HC a média retentiva ficou reduzida pela metade (de 61,95 N para 36,62 N; p=0,001). Na comparação intergrupos, dentro da altura 3 mm, houve diferença entre todos os cimentos. Entretanto, dentro da altura 6 mm, só não houve diferença entre HC e TBNE (p=0). Conclusão: a incorporação geométrica se adequa à necessidade de redução na resistência retentiva do HC para cimentação provisória em coroas unitárias. Na ausência do HC, o TBNE também é uma opção alternativa na situação 6 mm. No caso de fratura do parafuso do pilar, a chance de soltar a coroa metálica no grupo FZ ainda é duvidosa pelo valor médio ser alto.

Autores: Wellington Cardoso Bonachela, Paulo Henrique Orlato Rossetti, Max Laurent Albarracín, José Henrique Rubo e Pollyana Darós
Revista: Revista ImplantNews 2015 | v12n6a-PBA

Publicidade

Bioactive