Artigo

Deformação do colar de implantes com junta friccional – estudo qualitativo preliminar pela ESPI

A região do colar cervical do implante é constantemente exposta aos esforços mastigatórios/parafuncionais, representando uma zona em potencial à ocorrência de deformações, principalmente nos implantes de conexão interna e de reduzido diâmetro. Estas sobrecargas representam um dos fatores responsáveis pela perda óssea ao redor dos implantes. O presente estudo avaliou o comportamento do colar de implantes friccionais (Kopp) de dois diâmetros (4,3 mm e 5,5 mm) sob cargas compressivas estáticas (cêntrica e excêntrica) de duas intensidades (50 N e 100 N) por meio da Interferometria Eletrônica de Padrões de Speckle (Espi – Electronic Speckle Pattern Interferometry). A técnica Espi consiste na comparação de imagens, de antes e após o carregamento, obtidas a partir da reflexão de uma fonte de luz laser incidida sobre um objeto real de superfície rugosa, resultando em um padrão de franjas. O estudo in vitro visou testar a aplicabilidade da técnica Espi para avaliar implantes e a hipótese de que quanto maior o diâmetro do implante, maior é sua resistência ao deslocamento. Foi possível obter resultados qualitativos reprodutíveis acerca da deformação ao nível do colar do implante frente aos carregamentos, validando a técnica. Franjas horizontais foram observadas nas cargas cêntricas, demonstrando o deslocamento vertical do colar do implante e franjas diagonais nas cargas excêntricas, demonstrando o deslocamento de forma oblíqua. Estes deslocamentos podem sugerir a deformação sofrida pela amostra. A técnica Espi mostrou-se viável para avaliar as deformações da região observada e a hipótese foi confirmada, visto que no implante de menor diâmetro houve maior deformação.

Autores: Sérgio Rodrigues Sizo, Marcus Vinícius Yamazato Kanashiro, Edson Koji Takeshita, Ivo Contin, Mikiya Muramatsu Diogo Soga, Tomie Toyota de Campos, Dalva Cruz Laganá e Matsuyoshi Mori
Revista: ImplantNews 2011 | v9n1

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