Artigo

Enxerto de tecido conjuntivo para correção da margem peri-implantar

A recessão de tecido mole frequentemente provoca insatisfação e desarmonia estética. O recobrimento de regiões peri-implantares é menos previsível quando comparado ao recobrimento dos elementos dentários. Este relato de caso clínico descreve a correção de um problema estético de um implante unitário com o uso de enxerto de tecido conjuntivo (ETC) associado com o reestabelecimento de um novo limite da margem gengival e do perfil de emergência da coroa. Após anamnese e exame clínico do paciente, foi constatado um implante instalado na região do dente 22 em posição vestibularizada no rebordo alveolar, com uma recessão de 5 mm em sua face vestibular. Em um primeiro procedimento cirúrgico, a coroa e o componente metálico foram removidos e um ETC, associado a um retalho posicionado coronalmente, foi realizado com o objetivo de reestabelecer o limite da margem gengival. Após 90 dias, foi constatado que o tecido na região do implante não apresentava espessura e volume adequados. Por isso, foi realizado um novo ETC. O procedimento de reabertura para instalação do cicatrizador foi realizado após quatro semanas e seguiu-se a instalação da prótese. Nos pós-operatórios de 180 e 360 dias, o tecido adjacente ao implante apresentou-se com contorno regular, cor compatível com saúde e ausência de sangramento. O paciente apresentava-se satisfeito com o resultado estético. Diante do resultado clínico e estético favorável, pôde-se concluir que o uso do ETC para corrigir deficiências estéticas parece ser favorável para reestabelecer um novo e estável contorno de tecido mole peri-implantar.

Autores: Juliano Milanezi de Almeida, Letícia Helena Theodoro, Natália Campos, Paula Lazilha Faleiros, Valdir Gouveia Garcia, Maria José Hitomi Nagata e Alvaro Francisco Bosco
Revista: Revista PerioNews 2012 | v7n4

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