Artigo

Estimulação elétrica como adjuvante aos procedimentos de cirurgia mucogengival

Procedimentos periodontais cirúrgicos, como cirurgias mucogengivais, podem gerar feridas que fornecem certo grau de desconforto ao paciente, bem como a formação de cicatrizes. Muitas estratégias têm sido utilizadas na tentativa de aprimorar a cicatrização, sendo uma delas a aplicação de uma estimulação elétrica exógena. O objetivo do presente relato de casos foi avaliar o uso adjunto da estimulação elétrica na cicatrização de feridas cirúrgicas após procedimentos mucogengivais. O paciente 1 apresentava uma recessão gengival no elemento dentário 14 e foi tratado através do retalho trapezoidal posicionado coronariamente. O paciente 2 tinha como necessidade a preservação de rebordo após exodontia em área estética. Para tal, um enxerto gengival livre removido da região palatina foi adaptado na entrada no alvéolo. Em ambos os casos, foi realizado um protocolo pós-operatório de estimulação elétrica, através da aplicação de uma corrente alternada senoidal no valor eficaz de 100 µA, na frequência de 9 kHz, durante 120 segundos, uma vez por dia durante cinco dias consecutivos. Após o período de reparação, ambos os casos apresentaram um acelerado processo de remodelação tecidual e pouco ou nenhuma morbidade pós-operatória. Pôde-se concluir que o protocolo de eletroestimulação apresentado pode representar uma abordagem adjuvante para acelerar o reparo de feridas e diminuir o desconforto pós-operatório.

Autores: Manuela Maria Viana Miguel, Felipe Lucas da Silva Neves, Ingrid Fernandes Mathias-Santamaria, Amanda Rossato, Lais Fernanda Ferreira Ferraz, Estevão dos Santos Gedraite, Milton Santamaria Júnior, Maria Aparecida Neves Jardini, Marcio Antônio Mathias e Mauro Pedrine Santamaria
Revista: ImplantNews 2020 | v5n3

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