Artigo

Formação de biofilme in vitro por Streptococcus sanguinis e Candida albicans, associados, em implantes dentários submetidos a diferentes tratamentos de superfície

O objetivo deste estudo foi avaliar a formação de biofilme in vitro por Streptococcus sanguinis e Candida albicans, associados, em implantes dentários com diferentes tratamentos de superfícies. Foram utilizadas cepas padrão de Streptococcus sanguinis (ATCC10556) e Candida albicans (ATCC 18804). Dos 30 implantes utilizados, dez possuíam superfície lisa (SL), dez foram tratados com duplo ataque ácido (AA) e dez com nanopartículas de hidroxiapatita (NH). Os implantes foram imersos em saliva humana, centrifugada e filtrada, por 60 minutos. Posteriormente, foram transferidos para 1,5 ml de caldo sacarosado e inoculados com 0,1 ml de suspensão de Streptococcus sanguinis (106cél/mL) e incubados em estufa com 5% de CO2 a 37°C. Após 24 horas, os implantes foram transferidos para novo caldo, inoculados com suspensão de Candida albicans (106cél/mL) e incubados por mais 24 horas a 5% de CO2 a 37°C. Os implantes foram lavados e os microrganismos desprendidos em solução fisiológica em agitador ultrassônico. Foram realizadas diluições e alíquotas semeadas em placas com ágar Sabouraud com cloranfenicol e ágar Mitis Salivarius acrescido de bacitracina (0,2 UI/mL) e sacarose (15%), para o crescimento, respectivamente, das leveduras e bactérias, e incubadas a 37°C/48 h. Os números de UFC/ml em log10 foram analisados estatisticamente (Anova, teste de Tukey, p < 0.05). A bactéria Streptococcus sanguinis apresentou maior índice de aderência, porém, sem diferença estatisticamente significante entre os implantes. A aderência de Candida albicans, foi menor nos implantes tratados por NH, com diferença estatisticamente significante em relação os implantes de SL (p = 0,012) e de AA (p = 0,000).

Autores: Aline Vieira da Silva, Leandro Aires Bertramelo, Rogério de Lima Romeiro, Cristiane Pereira e Antonio Olavo Cardoso Jorge
Revista: Revista ImplantNews 2010 | v7n5

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