Artigo

Um levantamento feito com questionários sobre o uso, as indicações e o grau de osteonecrose associada aos bifosfonatos na cidade de Porto Alegre – Brasil

Objetivos: este levantamento avaliou o conhecimento dos implantodontistas de Porto Alegre (Rio Grande do Sul, Brasil) sobre a interação dos bifosfonatos com a osteonecrose dos maxilares (Bronj), sua incidência e as modalidades de tratamento utilizadas. Material e métodos: um questionário com 15 perguntas foi respondido pelos profissionais entre julho e setembro de 2012. Um total de 84 participantes (60 homens e 24 mulheres, com idade entre 31 e 40 anos, e exercendo a especialidade entre um e cinco anos após a conclusão do curso) forneceu respostas. Resultados: 1) Sobre bifosfonatos, 75% relataram já ter contato com o assunto pre­viamente à especialização, além do tema ter sido abordado no curso; 2) A maioria relatou questionar seus pacientes sobre o uso dos bifosfonatos e via de administração (intraoral ou endovenosa): 88,1%. Quando o paciente utilizava a medicação, a conduta era buscar orientações com o médico assistente (57,1%), solicitar exames complementares (16,7%), não realizar a cirurgia (25%), ou suspender a medicação (1,2%); 3) Em relação ao exame CTX, os especialistas relataram conhecê-lo (83,3%) e solicitá-lo (63,1%); 4) Os profissionais (38,1%) com casos de Bronj no consultório os associaram aos bifosfonatos de uso oral e não endovenoso (117 casos contra 29 casos); 5) Os tratamentos mais utilizados para a Bronj foram o debridamento cirúrgico (51,2%), ressecção com reconstrução ou ob­turador (29,8%) e enxágue com antimicrobianos (2,4%). Conclusão: dentro dos limites deste estudo, o grau de consciência dos profissionais sobre a prevenção, indicação de tratamento e encaminhamento médico de pacientes com Bronj feito pelos implantodontistas entrevistados é significativo.

Autores: Fábio Rodrigues, Samantha Jannone Carrion, Belkiss Câmara Mármora e Milena Bortolotto Felippe Silva
Revista: ImplantNews 2014 | v11n1

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