Artigo

Utilização de osso humano fresco congelado para aumento vertical na região posterior de mandíbula

A resolução do edentulismo posterior em mandíbula atrófica vem sendo um dos grandes desafios para o implantodontista. Neste sentido, a busca por diferentes biomateriais, entre eles o osso homógeno, tem sido estudada como potenciais substitutos ósseos em cirurgias reconstrutivas. O objetivo deste estudo foi demonstrar a possibilidade da utilização de osso humano fresco congelado, proveniente de tecido ósseo cortical de fêmur, em um procedimento de aumento vertical na região posterior de mandíbula e, através da análise estatística, avaliar o grau de ganho em altura óssea, o grau de reabsorção óssea e as complicações decorrentes da técnica empregada. Foram realizados 12 procedimentos de enxerto na área posterior da mandíbula. Os resultados do estudo foram avaliados clinicamente através de mensurações que foram comparadas com tomografias antes e após seis meses. Concluímos que a utilização do osso humano fresco congelado promoveu a formação óssea em altura de 4,75 ± 0,26 mm. A reabsorção dos enxertos foi considerada estatisticamente nula e, quanto ao quesito das complicações decorrentes da técnica empregada, existiu diferença estatisticamente significante entre os percentuais de fratura do bloco, mobilidade clínica e parestesia. Dos 12 enxertos colocados, quatro apresentaram deiscência de sutura, resultando em 66,7% de sucesso. Neste sentido, a reconstrução em altura da região posterior de mandíbula, com osso homógeno cortical, torna-se viável seguindo corretamente os passos e cuidados da técnica empregada.

Autores: Angélica Castro Pimentel, Marcello Roberto Manzi, Saul Galileu Sartori, Ricardo Tanaka, Jonie Shuiti Yamazaki e Wilson Roberto Sendyk
Revista: ImplantNews 2010 | v8n11

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